Não me deixa morrer

• Setembro Amarelo

A vida pode ser pesada demais
Pessoas vivem mandando sinais
Seus medos, são medos reais
Ainda existem amigos leais?
.
Só uma ligação nessa madrugada
Madrugada fria que meus ossos esmaga
Lágrimas quentes, coração gelado
Dói viver na multidão mas sem alguém ao lado
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Sofri por um ano inteiro
Afundei cada pedaço meu por inteiro
No drama da vida real atuei
Pareceu que não era nada porque calei
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Se eu falar, vai me ouvir?
Se me ouvir, vai entender?
Se não entender, vai discutir!
Só peço um favor: não me deixa morrer!

Raíssa Muniz

Mal Necessário

andando-sozinha

Sempre foi difícil, nunca pensei que seria fácil. Tantas idas e vindas sem muitas mudanças. Tornou-se um ciclo vicioso, e como todo vício, tornou-se necessário. Uma necessidade incontrolável, um vício irresistível, que o passar do tempo só aumentou.

Dizem que o tempo traz consigo a experiencia, e com a experiencia se aprende a viver, torna-se mais sábio. Mas não foi assim no meu caso, não com você. Pois nós nunca fomos verdade, também não fomos mentira; fomos uma série de desencontros, e no fim eu sempre estive só. Apenas eu, e nunca houve ‘nós’ quando precisei.

Eu precisei de um apoio, de um abraço, um beijo, precisei que você ficasse pra me segurar pela mão e caminhar comigo. Seria uma longa estrada e um caminho seguro. Agora tem sido ainda mais difícil, a estrada está mais tortuosa e o caminho mais escuro a medida que sigo sozinha.

Estou seguindo sozinha porque muitas pessoas passam por mim, mas neste caminho tão escuro não consigo olhar nos olhos de ninguém, e ninguém me olha, ninguém nota o quanto necessito, ninguém me dá a mão e nenhum ser é capaz de me dá segurança.

Esse mal nunca deixou de ser necessário, ninguém me faz esquecer a dor e o bem que me fez, pra que eu possa seguir firme. Nenhum tropeço me fortaleceu e todo esse tempo não me tornou mais sábia.

Só estou mais presa a você , o que me mata e me atrai. Um vício, uma necessidade, me faz mal e eu sigo em busca da cura. Todo mal tem o bem pra combater, então o mal que me faz há de ser sanado – um dia.

R. Muniz